sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Para refletir

Com autorização do Rui Natal, vou disponibilizar uns posts publicados pelo mesmo sobre os smartphones. Já tinha feito a mesma observação e até acrescento que as pessoas estão deixando de curtir o presente porque "tem que postar uma foto" ou "tem que curtir um post".
Vale a leitura....

Será que os smartphones são o tabaco do início do século 21 ?


Cada vez mais me surpreendo com notícias, artigos e dados estatísticos sobre a utilização destes artefatos ...
“quanto tempo você passa sem olhar para seu celular?”
“um terço dos americanos utiliza smartphone enquanto dirige”
Isso me remete às décadas de 60 e 70, antes da campanha anti-tabagismo em que as propagandas mostravam modelos que ao chegar em um ambiente, a primeira coisa que faziam era acender um cigarro; ou cenas em que ao chegar desacompanhado a um bar ou a uma festa, aquele galã apelava para seu “companheiro inseparável" - na ocasião, o cigarro.
[...]
Pois é. Tenho observado bem as reações das pessoas, quase todas portando os "famosos" celulares e/ou smartphones.

E observo uma semelhança muito grande com os áureos tempos do cigarro, e das muitas propagandas lindas e contagiantes nas mais diversas mídias.
Nunca fumei e não faço ou participo de campanhas anti-tabagismo, é bom que se frise.
O que passo a (d)escrever são momentos e situações em que outrora acontecia na época da total liberação dos cigarros.
Mas... curiosamente os momentos e as reações são parecidas por demais:
> a pessoa entra no ônibus falando (fumando)
> a pessoa entra no ônibus e, tão logo se acomoda, consulta a telinha (acende um cigarro)
> a pessoa sossega, consulta a telinha (acende um cigarro)
> tão logo a pessoa desce do ônibus, consulta a telinha
> até mesmo os estudantes, que de forma bem disfarçada fumavam, hoje possuem celulares
> a pessoa caminha pela rua e estanca de repente para olhar a telinha (acender o cigarro)
> a pessoa mantem um diálogo com outra e o celular é consultado com frequência (vai dando seus tragos no cigarro)
> nas reuniões as pessoas não desligam os celulares (quando muito passam para a modalidade de vibrar) e os consultam com frequência (ou fumam normalmente seus cigarros)
> nas viagens de avião, são orientadas a desligar os celulares (apagar seus cigarros)
> nos intervalos das aulas (nos pátios das escolas), os alunos consultam seus celulares (acendem seus cigarros para alguns tragos)
> até mesmo naqueles momentos mais reservados nos sanitários as pessoas ançam mão dos aparelhinhos (fumam seu cigarrinho)
> e não podemos nos esquecer daqueles que acordam à noite e arriscam uma olhada no celular (dão uma fumadinha) antes de voltar a dormir
> quantas pessoas não voltam em casa porque esqueceram o celular (maço de cigarros) ?
> pois é, o celular (o maço de cigarros) tem que estar sempre à mão
Ainda bem que, encerrada a ligação ou consulta não o jogamos ao chão e o pisamos, como se costuma fazer com os cigarros.
Alguns mais educados, nesta hora buscam uma lixeira, mas o ato de descartar seria o mesmo.
Eliana, concordo plenamente com voce no tocante à tecno-dependência e também à facilidade que estas tranqueiras oferecem em termos de mobilidade, principalmente.
Não precisamos nos apressar para chegar em casa ou no escritório para acessarmos os e-mails ou a Grande Rede. Isso está aqui ao nosso alcance anytime, anywhere.
Meus amigos do Grupo, não creio que o chavão de que me utilizei ou o tema mereça ser debatido ou discutido ou destrinchado à exaustão.
O que ocorreu foi que passei a observar o comportamento das pessoas nos mais diferentes locais e situações e dei uma viajada até os tempos (bons ou maus) em que os cigarros eram liberados de uma maneira geral, e que nas mesmas circunstâncias ele participava das cenas e do dia a dia de muitos.
Com certeza é muita pretensão, ou uma visão bem distorcida atribuirmos aos celulares / smartphones a coroa ou faixa de Miss Tabaco Século 21.
Até porque, com o avanço acelerado da tecnologia, o que nos reservam as próximas décadas destes 100 anos ?
E eu, particularmente quero assistir de camarote, mas aqui embaixo, a toda esta evolução e só quero me despedir lá pelos idos de 2089 (hehehe).
Delirium tremens ... Delirium tremens ... Delirium tremens ...
Abraços
Rui Natal Fonte: Publicado no grupo Projetos em Bibliotecas, Arquivos e Centros de Documentação. LinkedIn, 18 jan. 2013.