segunda-feira, 16 de maio de 2011

Livros ‘viajam’ pelas mãos dos leitores (Karen Novochadlo)

A bióloga Bruna Mateus, de Tubarão, checa a caixa de correios todos os dias. Mas seu interesse não são as cartas. Nestes tempos modernos, de e-mails e twitters, Bruna espera ansiosamente os livros trazidos pelo carteiro.

Ela é uma participante da mais nova mania da internet: os booktours. A modalidade, que começa a conquistar um público muito singular e exigente, nada mais é do que o antigo empréstimo de livros na biblioteca.

Na internet, funciona como se fosse uma corrente, feita por um blogueiro ou por uma editora que queira formar um grupo específico de clientes. Bruna, por exemplo, participa das duas modalidades.

“É uma forma de conhecer novos autores e valorizar os nacionais”, explica. Ela recebe os livros em casa e, depois de devorar a publicação, envia para o próximo endereço da lista. O único custo é o da postagem.

As editoras ganham muito com isso, principalmente as pequenas, que encontram uma nova forma de concorrer com as maiores. Os leitores, que geralmente têm um perfil em uma rede social ou em um blog, precisam escrever uma resenha e divulgá-la na web.

Além de incentivar outras pessoas a lerem a obra, o booktour é uma forma de implementar também a compra de livros.

A jovem escritora paulista, Liana Cupini, tinha acabado de publicar seu primeiro romance em uma pequena editora, quando achou o colega Allan Pitz. “Então pensei: por que não juntar várias e diferentes experiências? E assim eu comecei a entrar em contato com escritores. Logo surgiu a ideia de montarmos um grupo e ajudarmos a promover a literatura nacional contemporânea!”, conta Liana.

Eles criaram o Selo Brasileiro. O grupo promove o booktour que circula em vários estados do Brasil, inclusive Santa Catarina, onde há leitores em Tubarão, como a Bruna. E assim segue a corrente!
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