quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Futuro?

Hoje ouvi 3 questionamentos sobre o nosso futuro, o futuro do profissional bibliotecário. Eu, ao mesmo tempo que procuro estar antenada para garantir meu futuro, não me preocupo com esse tipo de questionamentos.

A primeira pergunta que me fizeram foi: - A profissão do bibliotecário vai acabar, né? Afinal, a máquina armazena tudo e recupera tudo. Pra que esse profissional?

Ao ouvir a perguntar tive vontade de cortar a jugular do sujeito - afinal, a pergunta foi em tom de deboche. Respondi que ele tratasse de achar uma informação na internet, com rapidez e eficiência, o mais rápido possível. A resposta vem com tanto lixo que cansa!

Depois de um tempo, fiquei pensando nesta pergunta. Cheguei a conclusão que tudo depende de nós, da nossa atuação no mercado. Acabei ficando até feliz, pois nada como uma ameaça para nos acordar. O negócio é usar a internet a nosso favor.

O segundo questionamento foi com relação a existência do livro: - o livro vai acabar, né?

Eu sabia que tinha já visto essa pergunta. Fui atrás e lembrei onde. Foi no livro do Umberto Eco e Jean-Claude Carrière, cujo título é Não contem com o fim do livro. Aliás, abro um parentese, recomendo a leitura. A resposta para essa pergunta está em várias páginas deste livro, e eu anotei uma (p. 18): " Tudo pode acontecer. Amanhã, os livros podem vir a interessar apenas a um punhado de irredutíveis que irão saciar sua curiosidae nostálgica em museus e bibliotecas" .

A terceira pergunta, na verdade, é mais uma vez a questão do nosso futuro, e se encontra em um artigo publicado na Você S.A. O título do artigo é: Futuro próximo, assinado por Nataly Pugliesi.

Vou colar aqui o parágrafo que nos interesa para que vocês reflitam:

GERENTE DE MEMÓRIA INSTITUCIONAL



Será o biblioteconomista do futuro. O responsável por pesquisar, consolidar e armazenar de forma organizada a memória institucional da empresa. Ou seja, todo e qualquer tipo de conteúdo produzido, como fotos, imagens e textos. Já existe a necessidade por esse tipo de serviço. Em 2003, a Arizona, escritório de soluções de comunicação, desenvolvia para a Natura a sua versão de DAM, programa de gerenciamento de ativos digitais. "A Natura gera muito conteúdo, por isso, surgiu a necessidade de armazenarmos a matéria-prima para a comunicação da empresa com imagens, textos e produtos. Mais do que isso, tivemos que organizar e padronizar esse material. Se você simplesmente armazena a bagunça, a história documental da empresa será uma bagunça", diz um dos sócios da Arizona, Guilherme Bruno. Na empresa, surgiu o gestor de operações de marketing, que coordena todo o processo: padroniza e determina quem terá acesso às informações ou não. "Ele tem que ser bom em planejar, ter habilidade financeira e conhecer marketing muito bem."

Está aí, amigos. Futuro? Eu acredito nele! O negócio é não ficar estressado.

Abraços,
Dôra

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